É importante falar que mesmo com a ajuda dos profissionais, a mulher é a principal responsável pelo tratamento.
A endometriose tem uma grande influência na qualidade de vida, alterando a percepção que as mulheres têm sobre sua própria saúde, bem como impactando nas atividades do trabalho e sociais, podendo gerar isolamento e diminuição na qualidade das relações pessoais. Logo, instituir o tratamento adequado e direcionado para as queixas da mulher se torna imprescindível. Todavia, é importante destacar que mesmo com a ajuda dos profissionais de saúde, a mulher é a principal responsável por este tratamento, tendo um papel importante na escolha e sucesso do mesmo.
Além do uso de medicações, terapias manuais e cirurgias, o tratamento da endometriose envolve escolhas conscientes da mulher em busca de um melhor estado geral de saúde. Nesse aspecto é importante conhecer o próprio corpo e atentar para os sinais deste, bem como obter, processar e compreender bem as informações passadas pelos profissionais para tomar decisões apropriadas em relação à própria saúde. Nesse contexto o tratamento multidisciplinar é de suma importância para resgatar a saúde e bem estar, com mudança de estilo de vida e a ajuda profissional com a nutrição, a fisioterapia, a prática de exercícios, a terapia psicológica, a acupuntura dentre outras formas de diminuir estresse e inflamação que perpetuam os sintomas da endometriose. Essas mudanças devem ser valorizadas e incentivadas tanto quanto o uso hormonal ou a cirurgia, pois fazem parte do tratamento completo dos diversos fatores e influências que a endometriose gera.
Alguns pontos importantes são: 1) observar quais fatores precipitam a dor e assim, tentar evitá-los. A ingestão de algum alimento ou a realização de alguma atividade desencadeia ou aumenta a intensidade da dor? 2) além das terapias instituídas, algumas medidas simples podem ajudar no alívio da dor, como uso de compressas, meditação e gerenciamento do estresse. 3) criar hábitos saudáveis também vai ajudar. Então, pratique atividades físicas regularmente e alimente-se, de preferência, com legumes, verduras e frutas, evitando alimentos gordurosos, consumo exagerado de açúcar e alimentos com potencial inflamatório como leite, glúten e carne vermelha.
Dra. Kathiane Lustosa Augusto
GINECOLOGISTA , ESPECIALISTA EM CIRRUGIA MINIMAMENTE INVASIVA