Didaticamente, existem três tipos diferentes de endometriose: a superficial, a ovariana e a profunda. A identificação das lesões depende do exame clínico, métodos adequados de imagem e, no caso das lesões superficiais, a videolaparoscopia.
Primeiro precisamos dizer que não há um consenso estabelecido sobre a classificação da endometriose, embora possamos didaticamente usar alguns parâmetros para explicar os diferentes tipos de lesões. Existem três tipos diferentes de endometriose: a superficial, a ovariana e a profunda. Elas são diferenciadas através da história clínica minuciosa, do exame físico especializado e complementada por métodos de imagem adequados, como USG transvaginal com preparo e a Ressonância Nuclear Magnética. Quanto a endometriose superficial, suspeitamos nas pacientes com história de dor forte na menstruação, dor pélvica crônica, ou infertilidade sem outras causas, contudo o exame clínico e os métodos complementares de diagnósticos não demonstram alterações. Neste caso, a videolaparoscopia é a melhor forma de diagnóstico e tratamento quando não se tem resposta adequada aos medicamentos ou quando se tem infertilidade.
Na endometriose do ovário, chamada também de endometrioma ovariano, nota-se no exame ginecológico o aumento ou a fixação do ovário na parede pélvica, com dor local. A ultrassonografia transvaginal simples é um método barato para complementação do exame clínico, possibilitando o diagnóstico. A ressonância nuclear magnética é um exame mais caro, tendo vantagem na identificação dos pequenos endometriomas, menores que 1 centímetro. Não é infrequente o diagnóstico do endometrioma ovariano em exames ultrassonográficos de rotina em pacientes assintomáticas ou com poucos sintomas. Por outro lado, é importante saber que os endometriomas, especialmente os maiores de 5 cm, são marcadores de endometriose profunda. Já a endometriose profunda, é aquela com infiltração de mais de 5 milimetros de profundidade nos tecidos que ela acomete. Pode-se observar ao exame cuidadoso vaginal, a presença de espessamentos ou nódulos, que podem ser palpados geralmente no fundo da vagina e atrás do colo do útero. Em alguns casos, quando as lesões vaginais infiltram todas as camadas, o médico consegue enxergar com o auxílio do espéculo. Na endometriose profunda, os exames de imagem permitem mapear as lesões e a extensão das mesmas pela pelve e abdómen, sendo fundamentais no diagnóstico de lesões profundas que não são possíveis de identificar com exame clínico. A ultrassonografia transvaginal com preparo e a ressonância magnética em conjunto ou separadamente, mapeiam os órgãos acometidos, detalhando cada parte alterada e possibilitando a melhor escolha terapêutica pela paciente e seu médico.