Sabemos que o risco direto de ter endometriose em mulheres com parentes de primeiro grau aumenta de 3 a 10 vezes. Isso significa que mulheres que a mãe, irmã ou filha são portadoras de Endometriose terão um risco maior de ter a doença.

O risco genético de ter Endometriose é de 3 a 10 vezes maior quando parentes de primeiro grau são acometidos pela doença. Sabemos que é muito difícil dizer ao certo o quanto uma doença tem risco pela genética se considerarmos os vieses relacionados ao fato de as familiares viverem boa parte da vida juntas e expostas aos mesmos fatores externos que pedem ser responsáveis pela endometriose.

Tudo leva a crer que as características do ambiente são tão ou mais determinantes no desenvolvimento e agravamento da endometriose que a própria genética. A característica familiar é composta pelo determinismo genético passado de mães para filhas e estes genes são responsáveis por diferentes funções celulares como na produção de substâncias que facilitam o crescimento de glândulas e vasos sanguíneos – logo, ajudam no desenvolvimento de focos de endometriose. Outros grupos de genes produzem aberrações hormonais e reduzem a imunidade, não conseguindo evitar os implantes iniciais da Endometriose, mantendo o caráter progressivo e crônico da doença.

Sendo assim, nos deparamos com o risco familiar aumentado tanto pelo ambiente externo (local de moradia, hábitos alimentares, estresse emocional) quanto por fatores biológicos intrínsecos (imunidade e inflamação). Logo, mulheres que tem parentes com diagnóstico de Endometriose devem redobrar os cuidados com alimentação, controle de estresse e atividade física promovendo uma vida mais saudável e consequentemente com menos inflamação.