A endometriose é a principal causa de absenteísmo – falta ao trabalho ou estudos – em mulheres em idade reprodutiva. Isso representa um prejuízo econômico 2 vezes maior que os gastos diretos com a doença.
Inteligentes, criativas, fortes, flexíveis cheias de inúmeras outras características. Demorou, mas parece que finalmente o mundo descobriu nas mulheres profissionais ímpares, muitas vezes com maior capacidade de adaptação e liderança que muitos homens exercendo o mesmo papel. Infelizmente, para muitas delas todo este potencial é muitas vezes deixado de lado ou perdido por conta dos inúmeros dias incapacitadas pela endometriose.
A dor cíclica no período menstrual é amplamente conhecida como representante maior da endometriose. Todos os meses, inúmeras mulheres sofrem durante alguns dias enquanto muitas outras passam o mês inteiro sofrendo com dor. Sabemos, no entanto que não é somente através da dor que a endometriose faz seus estragos. Fadiga ou cansaço, costumam afetar entre 51-87% das mulheres e são conhecidos como os fatores de maior impacto na diminuição da produtividade. Associados a isso, insônia, depressão, estresse ocupacional e redução da qualidade de vida.
Com este cenário, imaginar que a produtividade da mulher possa ser a mesma quando comparada a de outra mulher ou homem que não estejam passando por estes sintomas é praticamente impossível. Os frequentes e corriqueiros episódios de falta no trabalho (absenteísmo) e diminuição da produtividade (presenteísmo) muitas vezes são os responsáveis por fazer surgir entre alguns colegas de trabalho o estereótipo da mulher fraca, incapaz, sem profissionalismo, atrasada em seus afazeres e metas. Infelizmente, em muitos casos o resultado disso é a demissão. O conhecimento, controle e correta condução da endometriose por um especialista é capaz de mudar a direção desse caminho, não somente refletindo na mulher, obviamente a maior beneficiária, mas também em todo seu ambiente de trabalho.