A endometriose causa impacto em todos os parâmetros utilizados para mensurar qualidade de vida. No acompanhamento da doença é fundamental estar atenta, pois a estratégia terapêutica depende dessa avaliação.
Dor crônica, infertilidade, cansaço, alterações intestinais, cólicas menstruais intensas, insônia, diminuição da libido, problemas conjugais, queda de rendimento no trabalho. Parece mentira, mas muitas mulheres sabem que uma única doença pode ser responsável por todos estes sintomas. Além de impactar na qualidade de vida da mulher, impacta direta e indiretamente na vida dos familiares. Com este comportamento poderíamos estar falando sobre câncer, mas estamos falando sobre endometriose, uma doença que pode não matar, mas acaba com as vidas de muitas mulheres.
Endometriose é ainda uma doença cheia de incertezas quanto a sua origem, evolução e comportamento. Sabemos, no entanto, que o estrago causado por ela é vasto e algumas vezes irreversível. Como amplamente relatada em artigos científicos e redes sociais, a demora até o diagnóstico é de 8 anos em média, mas pode chegar a demorar muito mais. São 8 anos de dores algumas vezes incapacitantes que refletem diretamente na profissão e família. Fazendo uma conta rápida levando em consideração que uma mulher menstrua em média 3-5 dias no mês poderíamos chegar a algo em torno de 1,5 ano de impacto negativo em 8 anos. Vejam que consideramos somente os dias da menstruação, mas sabemos que inúmeros outros sintomas relacionados a endometriose podem não respeitar o período menstrual. Por outro lado, estudos comprovam que é possível se obter um resgate da qualidade de vida se houver mudança de hábitos deletérios para saúde. Além disso, naqueles casos refratários à essas medidas e aos tratamentos clínicos, a cirurgia comprovadamente melhora todos os indicadores de qualidade de vida quando realizada por cirurgiões capacitados.