Muitos mitos envolvem a gestação na mulher portadora de endometriose. Recentemente, alguns estudos vieram esclarecer pontos importantes sobre o impacto na doença na maternidade (e vice-versa), orientando o cuidado necessário para este momento.
Muitos mitos envolvem a gestação na mulher portadora de endometriose. Apesar do que é difundido de forma equivocada, a gestação, por si só, não cura e não resulta em benefícios ou melhora dos quadros de endometriose.
Algumas mulheres, antes de engravidar, podem ter tido dificuldade para isso ou passado por abortamentos, trazendo questões importantes de aspecto psicológico que precisam ser abordadas na gestação.
Mesmo aquelas que não enfrentaram a infertilidade ou um mau passado obstétrico trazem preocupações, como a possibilidade de a endometriose ter tornado de alto risco uma eventual gestação.
Outra questão importante é relacionada ao parto. Uma vez que as portadoras de endometriose muitas vezes convivem com a dor, o processo de trabalho de parto e o parto em si podem trazer à tona um medo relacionado a ter alguma dor insuportável.
Um pré-natal adequado abordará essas questões, dando informações de qualidade sobre aspectos gestacionais e do parto, repercutindo em um parto com alto índice de satisfação pela mulher.
Além do pré-natal psicológico, acompanhamento feito por psicólogo para o cuidado emocional da gestante, a fisioterapia pélvica é um elemento importante na preparação para o parto, principalmente nas liberações fasciais e mobilização de ligamentos uterinos, já que muitas vezes estão fibrosados (mais enrijecidos). Assim, mais uma vez, a abordagem multiprofissional deve fazer parte dos planos, buscando a melhor experiência possível para a tão desejada gestação.