Entenda mais sobre a relação da dor durante a relação sexual com a endometriose. Fique por dentro dos principais sintomas e o que é importante ser feito.
Existe associação entre dor na relação sexual e endometriose?
SIM!
- A endometriose está associada a três principais sintomas: infertilidade, dor pélvica e massas ou nódulos pélvicos. A dor pélvica pode apresentar-se como dor durante o período menstrual (disminorreia), dor na relação sexual (dispareunia) e dor pélvica acíclica (sem definição com periodicidade e frequência)
- A Dor durante a relação sexual conhecida no meio médico como “dispareunia” pode ser classificada como inicial (na introdução da penetração) e terminal ou profunda (na penetração ao fundo da vagina), esta última é uma das principais características do quadro de endometriose. Sendo inicial, profunda ou pós-coital (após o término da relação sexual), a dor no ato sexual tem 46% de relação com a endometriose, portanto esse sintoma é de grande valia para o diagnóstico desta doença nas pacientes.
- A infiltração da endometriose produz um processo inflamatório em órgãos pélvicos como: intestino, bexiga, ovários, útero e vagina; atingindo os músculos e também desenvolve sintomas neuropáticos (sensibilidade do sistema nervoso central), causando dores no ato sexual.
Endometriose nas mulheres em idade reprodutiva
De todas as mulheres em idade reprodutiva, 10 a 15% apresentam endometriose, sendo que quando apresentarem tais sintomas acima descritos 50% delas se confirma o quadro da doença.
O atraso no diagnóstico de endometriose em pacientes que procuram médicos gerais com esses sintomas chega em torno de 6 anos, por isso, a queixa de dor na relação (dispareunia) é muito importante a ser relatado e enfatizado ao seu médico.
A dilatação dos vasos venosos na pelve, chamado varizes pélvicas, ocasionados pela endometriose, também pode desencadear dor pélvica com sensação de peso e pressão na pelve, com dispareunia profunda e dor após a relação sexual.
Portanto, a investigação pelo médico especialista com o relato da paciente, associado ao exame físico e ginecológico é fundamental para o início da caminhada ao diagnóstico e tratamento correto.
Dr.OLIR JOSÉ MOMOLI
Médico Pela Universidade Católica de Pelotas/RS;
Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Conceição de Porto Alegre/RS;
Membro da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (SOGIPA);
Pós-graduado em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica pela Faculdade de Tecnologia e Saúde de Ribeirão Preto/SP (FATESA);
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO;
Aluno do programa em Cirurgia Minimamente Invasiva pelo Centro Avançado de Cirurgia Ginecológica/ CEAGIC
Ginecologista e Obstetra do Hospital Maternidade e Hospital Regional de União da Vitória/PR