Quando se fala de tratamento de endometriose a primeira palavra que surge é: INDIVIDUALIZAÇÃO. Isso quer dizer que não existe “receita de bolo” e que cada mulher deve ser avaliada e tratada de forma personalizada.

Atualmente, existem mais de 200 milhões de mulheres com o diagnóstico de endometriose, que apresentam sintomas diversos, de intensidades variáveis e que requerem terapias diferentes. Devido a essa complexidade, com a qual a doença pode se manifestar, a individualização do tratamento é ferramenta fundamental para o sucesso no controle da endometriose.

Para se definir o tratamento adequado, é preciso conhecer a doença, mapeá-la de forma adequada, entender os sintomas presentes, saber sobre desejo de engravidar e o impacto que essa doença gera no dia-a-dia da mulher. A partir disso, é possível definir entre um tratamento clínico, com o uso de medicamentos ou a necessidade de se realizar uma cirurgia. Além disso, não podemos esquecer que a endometriose pode ter um impacto na condição física, na saúde mental, no convívio social e ambiental da mulher.

Por isso, é fundamental uma visão integral da paciente, com a associação de uma equipe multiprofissional. Dessa forma, é frequente o envolvimento de profissionais de diversas áreas, como nutrição, atividade física, psicoterapia, fisioterapia pélvica, acupuntura, além de outras terapias complementares, como yoga, meditação e mindfulness. Definir quais desses tratamentos serão necessários e em que momento deverão ser feitos é tarefa do médico especialista, em decisão compartilhada com a paciente.