O vaginismo é uma disfunção sexual que tem inúmeras causa e também pode ser uma consequência da endometriose. A fisioterapia pode ajudar a tratar esta condição melhorando a qualidade de vida das mulheres.
O vaginismo é uma disfunção sexual, onde a penetração não ocorre devido ao intenso desconforto que a mulher apresenta. Ele se define por contrações involuntárias (alteração do tônus) da musculatura do assoalho pélvico, ou seja, a mulher não consegue relaxar essa musculatura de modo que possa ocorrer a penetração.
São inúmeras as causas que podem levar a mulher a sofrer esse tipo de disfunção: histórico de abusos sexuais, repressão durante a criação, abusos psicológicos, depressão, endometriose, cirurgias ginecológicas, e até mesmo, o uso de algumas medicações que influenciem na libido podem levar a mulher a apresentar essa condição.
O vaginismo pode ocorrer em qualquer fase da vida sexual da mulher. Define-se como primário, aonde a mulher nunca teve qualquer tipo de penetração, seja na relação sexual, na tentativa de exames ginecológicos ou uso de absorventes internos. O secundário pode ocorrer mesmo depois da mulher já ter tido experiências sexuais anteriores, sendo desencadeado pelos exemplos já citados acima, sejam físicos e/ou psicológicos.
A fisioterapia irá tratar essa disfunção permitindo que a mulher consiga ter uma vida sexual com qualidade e sem dor. Os recursos utilizados para o tratamento são:
– Liberação miofascial que é realizada através da compressão das regiões da musculatura que se encontram tensionadas, acompanhada da massagem perineal para promover o relaxamento dessa musculatura e diminuir a tensão.
– Dilatadores vaginais que são acessórios geralmente feitos de borracha ou outro material macio e atóxico. São kits que contém de 5 a 8 peças, com tamanhos e diâmetros graduais. O objetivo deles é também trabalhar o relaxamento da musculatura, além da melhora da percepção corporal de modo que possa contribuir na conscientização dessa região do corpo, promovendo a dessensibilização do canal vaginal.
– Biofeedback é outro recurso, onde utilizamos uma sonda via canal vaginal e por meio desta acompanhamos em um aparelho, exercícios orientados de contração e relaxamento da musculatura perineal. Também promove o relaxamento, melhora a conscientização corporal de modo que a mulher possa saber diferenciar quando está relaxada ou quando está contraindo essa musculatura.
O acompanhamento do psicólogo é fundamental para vencer qualquer bloqueio psicológico que acaba refletindo no físico, além do médico ginecologista para orientar no uso de medicações quando estas são indicadas.